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19.1)doação de orgãos
19.1)doação de orgãos

Com este episódio da minha vida não posso deixar de fazer uma apreciação de um sério problema que existe no nosso país o símbolo de uma campanha de doação de órgãos Posso dizer que, quando o meu filho teve este problema de saúde existiam algumas hipóteses para o transplante renal.

 

 

doador de orgaõs

 

O meu “marido” era compatível, mas não era aconselhável, porque já estava na idade adulta, era fumador e tinha levado anestesias, o seu historial clínico não era aconselhável. Este era o artigo e Decreto-Lei que permitia o meu “marido” doar o próprio rim ao filho. A nova lei (Lei n.º 22/2007, de 29 de Junho) permite que qualquer pessoa, como cônjuges ou amigos, seja dador de órgãos em vida, independentemente de haver relação de consanguinidade. A anterior lei (Lei 12/93, de 22 de Abril) apenas previa a doação de órgãos entre familiares até ao 3.º grau

 

 O Lucas (o irmão do Leu), também era uma hipótese, mas eu e o pai não aceitamos, porque não seria justo tirar um órgão vital ao Lucas para o irmão. Fui aconselhada pelos médicos a autorizar já que uma pessoa pode viver apenas só com um rim. No inicio, a seguir à operação, o Lucas teria de tomar medicação para auxilio e seria seguido pelos médicos. Mas não achei justo. Uma outra hipótese era eu engravidar, de propósito, para que as células estaminais do cordão umbilical do recém-nascido pudessem ser feitas as células de combate aos rins do Leu.

do cordao umbulical pode-se produzir cellulas estaminais

Na altura, não me deram muitas explicações sobre este processo, mas eu tinha de me informar afinal era uma gravidez planeada, um bebé que vinha salvar outro e um processo do qual mal ouvia falar. Na minha pesquisa descobri que durante a formação do embrião, as células estaminais especializam-se, originando os vários tipos de células do nosso corpo (como as células musculares, nervosas, cardíacas, ósseas e glóbulos vermelhos). Mais tarde, no adulto, as células estaminais limitam-se a reparar tecidos danificados e a substituir as células que vão morrendo. O exemplo mais conhecido é a renovação das células sanguíneas, como os glóbulos vermelhos, a partir de células estaminais presentes na medula óssea.

A particularidade da recolha destas células é que estas são retiradas sem afectar a mãe ou a criança. São também 100% compatíveis com o bebé caso este venha alguma vez a desenvolver uma doença. Além disso, estas empresas argumentam que o sangue do cordão umbilical do bebé também poderá também ser uma fonte de células estaminais compatíveis com familiares do bebé - irmãos e irmãs, pais e avós. Hoje em dia, até já existe propaganda televisiva a recolha das células estaminais na altura do parto, existe um banco de recolha e armazenamento para este efeito, mas é claro que tem um custo, mas eu sou da opinião que como é uma fonte de preservar a saúde deveria ser um serviço gratuito.

um anuncio e o custo do kit

 No meu entender no lugar dos nossos governantes andarem a investir em comboios TGV, ou em novos aeroportos, deveriam sim investir nestes bancos e na sua manutenção. Mas voltando a minha explicação naquela altura ainda não se falava muito nesta hipótese, então a doação de órgãos seria a hipótese ideal, mas também poderia levar messes, anos, teria de se esperar que uma criança da idade do leu falece-se para se poder fazer o transplante renal. O que também leva muito tempo porque numa lista de espera deste género é muito complicado e muito dura a espera. Com esta esperança que foi a minha durante algum tempo e hoje em dia a de muitas famílias (infelizmente), também fui informada de que por vezes o transplante nem sempre é bem sucessivo, já que o corpo que recebe o órgão pode fazer a rejeição.

 o programa de transplantes hepáticos pediátricos, único no País, que funciona em Coimbra No DR 124 SÉRIE I de 2007-06-29, é publicada a Lei n.º 22/2007, da Assembleia da República. O diploma transpõe parcialmente para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2004/23/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, alterando a Lei n.º 12/93, de 22 de Abril, relativa à colheita e transplante de órgãos e tecidos de origem humana, a qual é republicada em anexo.

 

 

 Como já é do meu conhecimento todas as pessoas, crianças que são inscritas na lista de transplante de órgãos essa lista não corresponde só o País do paciente, essa lista universal, é como se tivesse exposto na internet, ou seja, todos os hospitais no serviço interno tem acesso aos nomes os órgãos que são necessários e a gravidade do problema de saúde. Actualmente, há mais de 60 mil pacientes a aguardar transplantes de órgãos na Europa. a transplantação e a dádiva de órgãos, propõe-se a criação de umcartão de dador europeu e de uma “linha directa” para transplantações, com um número único, que esteja operacional 24 horas por dia.

 

organizaçao Portuguesa

De sublinhar que as doações de órgãos devem ter sempre um carácter estritamente não comercial. A necessidade de transplantação de órgãos na Europa tem aumentado com maior rapidez do que o número de órgãos doados. No futuro, a biotecnologia poderá permitir aos investigadores criar órgãos a partir de tecidos existentes, quer dos próprios pacientes, quer de tecidos de outros dadores; por isso, o PE solicita à Comissão Europeia que promova esta investigação, que é frequentemente levada a cabo por pequenas e médias empresas de biotecnologia europeias, segundo os quadros culturais e éticos fixados nos Estados-Membros, na Carta dos Direitos Fundamentais e na Convenção sobre Biomedicina do Conselho da Europa. o PE lamenta que a Europol não tenha efectuado nenhum inquérito sobre a venda e o tráfico de órgãos com base no argumento de que de não existem casos documentados, referindo os relatórios do Conselho da Europa e da OMS, que indicam claramente que o comércio de órgãos constitui igualmente um problema para os Estados Membros da UE.

simbolo da biomedicina

 

Durante o ano 2006, Portugal passou para o sexto lugar na União Europeia alargada, onde morrem pelo menos dez pessoas por dia à espera de um transplante.

Segundo a Organização Portuguesa de Transplantação (OPT), no ano passado foram recolhidos em Portugal 232 órgãos e tecidos para transplante, 190 dos quais de dadores falecidos, um número inferior aos recolhidos em 2004 e insuficiente para fazer face às 1.425 transplantações realizadas no país

No ano 2008 Portugal ofereceu a Espanha 39 órgãos, que tiveram origem em 23 dadores. Com estes órgãos foram realizados 27 transplantes, que permitiram salvar várias vidas. Por razões clínicas, nomeadamente incompatibilidades, os órgãos não podem ser transplantados nos portugueses que se encontram em lista de espera. Nesses casos, as autoridades portuguesas avisam as espanholas da existência destes órgãos, cabendo-lhes virem buscar os órgãos (pulmões, fígados, corações ou intestinos) para salvar vidas de espanhóis que aguardam por um transplante. Mas mesmo assim a nossa vizinha Espanha é considerada o "turismo de transplantes", em que cidadãos de países ricos viajam para outros com tecnologia avançada, mas com legislação pouco rigorosa em matéria de doação de órgãos, foi ontem motivo de alerta pelo relator da ONU sobre venda de crianças, prostituição e pornografia infantil, Juan Miguel Petit. O especialista falava em Genebra onde, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, encorajou todos os países a aprovarem leis e normas que regulem claramente o transplante de órgãos e tecidos. Estima-se que em Portugal 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A ausência de sintomas nos primeiros estádios da doença faz com que grande parte da população desvalorize, ignore ou adie os cuidados a ter com a saúde dos seus rins. Todos os anos surgem 2.200 novos casos de doentes em falência renal a necessitar de diálise. A insuficiência renal crónica é uma patologia progressiva com uma elevada taxa de mortalidade, que ameaça tornar-se um grave problema de saúde pública no futuro, com graves implicações para o Serviço Nacional de Saúde.