Criar uma Loja Virtual Grátis
14) O NASCIMENTO
14) O NASCIMENTO

Como já referi, o dia inesquecível chegou, eram 23horas, do dia 3 de Abril de 2000 quando chegaram as dores. E que dores, meu Deus. Tenho de ser sincera, não estava preparada física, nem psicologicamente para isso. Fui para o hospital com dores e medo muito medo…, porque não sabia o que ia acontecer, embora já me tivessem explicado como seria mas passar pela situação e muito difícil e assustador.

Aquela aflição, aquelas dores …. Mantive-me com dores até ao dia 4 de Abril, às 23 horas, ou seja, estive 24horas a fazer a dilatação. Tinha imensas dores, mas os médicos e enfermeiros não quiseram dar-me a epidural, aquela injecção que minimiza a sensação de dor. Assim, como se diz na gíria popular, tive um parto natural, sem qualquer medicação. Apenas estive a soro e fiz o CTG, aquele aparelho que é colocado na nossa barriga para registar as batidas cardíacas do bebé.

o CTG premite coordenar as batidas cardiacas do bebe

O meu companheiro, na altura, não quis ficar no Hospital e passei pelo nascimento do Lucas completamente sozinha.

nao sou eu..

mas é mais ou menos isto que se passa no bloco de partos

Bem no meio do sofrimento, e não foi pouco, porque o meu parto foi complicado, o meu pequeno nasceu. O meu filho, um pedaço de gente, nos meus braços. Umas mãos tão pequenas, um corpo tão pequeno, uma carinha tão linda, um novo ser, uma nova geração para eu cuidar para todo o sempre. Novas experiencias pessoais, novas etapas, novas responsabilidades acabavam de chegar à minha vida com o nascimento do meu filho. Aprendi, com aquele pequeno bebé a ter outra perspectiva de vida. Aprendi a colocá-lo em primeiro lugar e depois a mim. Aprendi a ter uma preocupação muito especial e um amor incondicional.

as primeiras horas do lucas

Aprendi a saber o que é ter um sorriso um choro, dado com amor, sem pedir nada em troca. Aprendi a ser mãe a tempo inteira. Foi muito complicado nos primeiros dias… Muitas duvidas… Dar banho a um ser tão pequeno, dar mama, mudar fraldas, aprender o significado do choro, dar de mamar, ou seja, dar o leito materno ao meu filho, descobrir qual era a melhor posição para ele mamar melhor, ficar satisfeito.

a dar mama ao meu bébé

Dei leite materno, porque, para mim, é uma sensação única, esse gesto traz muita proximidade entre mãe e filho e consolida o afecto entre ambos. Por outro lado, o leite materno é importante para um recém-nascido, porque: protege o bebé contra bactérias e vírus; e estimula o intestino da criança. Nos primeiros dias a seguir o nascimento o nosso leite tem um aspecto amarelado e grosso, porque contém colostro e é rico em proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água. Assim, na minha opinião, o leite materno e essencial para o bom desenvolvimento do bebé.

 

Tantas coisas novas para eu aprender. Nos primeiros dias andava assustada, confesso, mas lá consegui superar mais estes obstáculos que a vida me reservou. Mas uma coisa é certa, dissem as pessoas mais idosas que todos os receios que uma futura mãe têm desaparecem com o nascimento dos bebés. Sim é verdade, parece que nasceu em mim um sexto sentido. Isso ajudou-me muito. Também tive o apoio das enfermeiras e auxiliares que me ajudaram nas primeiras 48h – ensinaram-me a dar-lhe banho, a desinfectar o cordão umbilical, a perceber os choros dele e suas variações…

Com o nascimento do meu filho o meu corpo não sofreu transformações. Não fui uma grávida que se notasse as transformações, nem tive aqueles cuidados que os médicos ensinam, como por exemplo, o controlo na alimentação, aconselharam-me a comer mais: carne, peixes, ovos, verduras, frutas, leite e derivados de leite, gelatinas dietéticas.

alimentaçao adequada para uma mulher gravida

E retirar da minha alimentação: massas, batatas, arroz, refrigerantes, sorvetes, açúcar, pão, chocolates, licores, álcool, sal, frios e doces. Temperos: evitar o sal, podendo usar de preferência, pimenta, vinagre, limão, alho, orégãos, evitando condimentos industrializados.

alimentaçao nao adequada

Quanto aos cuidados com o meu corpo, sabia que devia usar cremes hidratantes para evitar as estreias e peles estaladas, mas sou sincera nunca usei nada disso, apenas por pura precaução colocava, de vez em quando, óleo de amêndoas doces.

oleo de amendoas doces

Apenas fiquei com umas mamas maiores derivado ao leite e uma barriga que era do inchado da barriga de grávida, que desapareceu com o tempo. Ainda estive no hospital 3 dias, porque o parto não correu como o esperado. Tive algumas complicações no nascimento do Lucas, porque era um bebé muito grande e eu não tinha estrutura óssea para ter um bebé de 4 kg.

 

o lucas com 3 dias

 Também tive de esperar para lhe fazerem o rasteiro neonatais de doenças metabólicas, ou seja, foi a primeira vez que o bebé foi picado num pezinho para se tirar algumas gotas de sangue para se fazer o despiste de algumas doenças. Bem essa e a primeira vacina que ele levou foram uma tragédia. Como é que um bebé pode ser logo picado para vacinação?

 Mas tem de ser, porque ao longo da vida os bebés têm de levar certas vacinas para protecção de doenças, tais como: Vacina BCG (1º mes de vida); Poliomielite, difteria, tosse convulsa e tétano (ate os 2 meses); Até aos 4 meses a criança deve levar o reforço de todas as vacinas administradas à data; Aos 6 meses faz um novo reforço das vacinas; Sarampo, papeira, rubéola (vacina aos 15 meses); Aos 18 meses o primeiro reforço contra o tétano, difteria, tosse convulsa; Aos 5 anos o reforço das vacinas; e aos 13 ou 14 novo reforço das vacinas. Isto quando o meu filho nasceu, porque daquela altura para hoje já existe mudanças no plano de vacinação.

o boletim de vacinas dos meus filhos

A 1 de Janeiro de 2006 entrou em vigor as seguintes alterações:

 -introdução da vacina contra o meningococo C, vacina que protege contra as bactérias causadoras de meningite. Esta vacina deve ser ministrada em duas tomas a primeira dos 3 às 5 messes e o reforço as 15 messes. - O Ministério da Saúde introduziu o MENC aos bebés de 3 messes, juntamente, com uma campanha gratuita para crianças mais velhas, dos 10 aos 17 anos, que entrou em vigar em 2007; - Substituição da vacina oral da poliomielite por uma injectável; - Substituição da vacina da tosse convulsa do tipo Pw por uma vacina pertussis celular (Pa). - Introdução de uma vacina pentavalente Com estas alterações o novo quadro de vacinação é o seguinte:

Vacinas contra Nascimento 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 15 meses 18 meses 5-6 Anos 10-13 Anos Toda a vida 10/10 Anos Tuberculose BCG VIP 1ª 2ª 3ª 4ª DTPa 1ª 2ª 3ª 4ª Td X X Hib 1ª 2ª 3ª 4ª VHB 1ª 2ª 3ª VASPR 1ª 2ª 3ª MenC 1ª 2ª 3ª ________________________________________ Nª total de injecções em cada idade 2 2 1 1 1 2 2 1 2 2 1 __

Tive algumas controvérsias de última da hora, talvez, por isso, ganhei um medo aterrorizador ao pensar em ter filhos. Mas isso explicará na altura certa. Agora vou dar a minha opinião sobre uma nova medida que as mulheres portuguesas estão a adoptar. Já ouvi falar, algumas vezes, na televisão que estão de novo a nascer crianças em casa, com o devido acompanhamento de médico e enfermeiro, esta decisão, se o filho nasce em casa, ou no hospital, depende dos pais.

uma reportagem de um parto em casa

Algumas das razões pelas quais uma futura mãe escolhe ter o seu filho em casa, são: -Evitar intervenções desnecessárias.

-Estar num cenário familiar para sentir-se mais descontraída e com a sensação de um maior controlo. -Receio em relação ao dispositivo hospitalar.

 -Ter a possibilidade de estar acompanhada numa situação de afecto e respeito.

 -Experiências anteriores próprias, ou alheias. Mas é claro que, ainda continua a existir futuras mães que escolhem a maternidade para realizarem o parto, talvez se sintam mais seguras. Eu pessoalmente escolhia o hospital, a mim dá-me mais segurança e estabilidade.

um parto no hospital e acompanhado

As razões pelas quais uma mamã escolhe o internamento são:

 -Segurança. -Desconhecimento de outras opções.

-Acatamento de um sistema para o qual é importante que o médico se sinta à vontade para desenvolver a sua tarefa.

-melhoramento da qualidade de vida. Só há pouco tempo é que ouvi falar nos partos dentro de água, mas pelo que sei estes só são feitos noutros países (Reino Unido). Em Portugal ainda não se realizam estes partos nos nossos hospitais, por falta de condições logísticas dos hospitais, bem como conhecimentos e sensibilidade dos obstetras portugueses para esta opção.

um parto dentro de agua

Hoje as mulheres portuguesas que têm os filhos na maternidade já podem registar a criança recém-nascida na própria maternidade, graças ao projecto criado em 2007, com o nome “NASCER CIDADÃO.”

nascer cidadao

Este projecto tem algumas vantagens tais como:

  •  Permitir que o registo de nascimento das crianças se realize em unidades de saúde (hospitais e maternidades) logo após o seu nascimento e sem necessidade de deslocações às conservatórias; -Permitir que a inscrição das crianças na Segurança Social e no Serviço Nacional de Saúde se efectue logo após o seu nascimento; - Identificar situações de risco para as crianças. Para registar a criança neste projecto é necessário: - Escolher o nome da criança (no máximo dois nomes próprios e quatro apelidos); - Escolher a naturalidade da criança. Tanto pode ser a freguesia do concelho da unidade de saúde (maternidade/hospital) como a freguesia do concelho da residência habitual da mãe. Sempre que possível, devem ser apresentados os documentos de identificação dos pais. Realmente o registo dos nossos filhos mudou bastante. Há 27 anos (a minha idade) não era necessários irem os pais, bastava um. No nascimento dos meus filhos (há 9 anos) já tive de ir a Conservatória do Registo Civil com o meu companheiro, levando os nossos bilhetes de identidade e um papel que me deram na maternidade com o dia e hora do parto, com o carimbo da unidade hospitalar. Só desta forma era permitido o registo dos nossos filhos.

 

 

 

 

 

 

 

cedula de nascimento dos meus filhos

Faço referência que, registar uma criança, seja qual for a forma, não tem qualquer tipo de custos (euros) para os responsáveis. Acho muito bem os pais participarem no registo de um filho, os pais também têm responsabilidades e devem participar em tudo, já que têm o direito à paternidade, ou seja, o pai a partir do dia que o seu filho nasce tem direito a 5 dias úteis seguidos, ou intercalados, tendo apenas de levar o registo de nascimento à identidade patronal e uma declaração da decisão conjunta do casal. Mas nós mães têm mais direitos como também “obrigações”, com o nascimento do nosso filho. Com a revisão do Código de Trabalho passamos a ter 5 messes, no lugar de 4.

Desta forma, passamos a poder gozar 120 dias seguidos o parto e 90 podendo serem gozados intercaladamente. Tenho conhecimento (através da Internet) que a UNIÃO EUROPEIA quer rever as leis de licenças de maternidade e paternidade. Concordo plenamente que o nosso governo dê direitos aos pais, pois, na minha opinião, é muito importantes os filhos sentirem os pais por perto e deve ser logo a seguir ao seu nascimento. Mas tudo isto de que falei está escrito na CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA no art.º 68 da Constituição Portuguesa e art.º 33º da Lei nº 99/2003 de 27 de Agosto este artigo protege os recentes pais.

Constituiçao Portuguesa

Quanto a um direito que existe mas este direito já é para o recém- nascido, já não é para os pais porque os bebes desde muito cedo já tem os seus direitos, falo do abono de família. Eu também tive o abono de família, aquele dinheiro mensal que as crianças, ate aos 18 anos recebem mensalmente não tenho muitos conhecimentos da lei em vigor dessa época, sei que os meus pais tinham de entregar na Segurança Social um documento passado pela escola em como eu andava a estudar para não cessarem o abono de família. Hoje em dia como tenho filhos tento saber um pouco mais dos direitos deles nomeadamente o abono de família. Tenho conhecimento que a abono é atribuído consoante os rendimentos anuais dos responsáveis.

uma declaraçao do abono dos meus filhos

Neste momento no nosso país existem alguns critérios para ser dado o abono familiar:

  • -até à idade de 16 anos; --Dos 16 aos 18 anos, se estiverem matriculados no ensino básico, em curso equivalente ou de nível subsequente, ou se frequentarem estágio de fim de curso indispensável à obtenção do respectivo diploma; -Dos 18 aos 21 anos, se estiverem matriculados no ensino secundário, curso equivalente ou de nível subsequente, ou se frequentarem estágio curricular indispensável à obtenção do respectivo diploma; -Dos 21 aos 24 anos, se estiverem matriculados no ensino superior ou curso equivalente, ou se frequentarem estágio curricular indispensável à obtenção do respectivo diploma; -Até aos 24 anos, tratando-se de crianças ou jovens portadores de deficiência com direito a prestações por deficiência.

Caso se encontrem a estudar no nível de ensino superior ou curso equivalente, ou a frequentar estágio curricular indispensável à obtenção do diploma, beneficiam de alargamento de 3 anos. Agora também existe o decreto-lei nº 308-A /2007, DE 5 DE SETEMBRO que abrange as mulheres grávidas a partir 12º, semana que começam a receber o abona ainda o bebé não nasceu como também se tiver filhos esses também levam o abono aumentado. Quanto as prestações das crianças que tem deficiência ou dependentes também existe alterações: -Frequentem ou estejam internados em estabelecimento especializado de reabilitação, ou estejam em condições de frequência ou de internamento; -Necessitem de apoio individualizado pedagógico e/ou terapêutico específico Este abono já é atribuído a criança mediante documentação médica até aos 24 anos de idade.

O que na minha opinião de cidadã e de mãe de uma criança “deficiente” já oferece outra estabilidade à criança, e reconhecimento por parte do estado Português. Vou ter de abordar um assunto que me afecta psicologicamente a mortalidade infantil no nosso país. Como sempre vivi num meio rural e antigamente as famílias eram enormes, com muitos filhos, muitas crianças morriam ao nascer, ou em tenra idade. Os recursos médicos, os auxílios ao nascimento e as condições de habitação eram outras, talvez por isso as crianças faleciam sem se saber as razoes. Existem estudos que indicam que em Portugal no ano 1990 a taxa de mortalidade infantil era 6,4%. Já em 2005 representava 3,4% óbitos por cada mil nascimentos, em 2006 era de 3,3 % de óbitos por cada mil nascimentos, ou seja a taxa de mortalidade infantil desceu. Em 2007 a mortalidade pré-natal era de 3,45. Segundo a DGS em um relatório a taxa aumentou mais nos distritos de Bragança (6,5), Portalegre (6,2), Viana do Castelo e Guarda (5,8) e Viseu (5,7). Abaixo da média encontram-se Leiria (1,2), Aveiro (2,5), Coimbra (2,6) e Santarém (2,7). Já o arquipélago dos Açores e a região do Algarve tiveram um decréscimo notável. A Suécia e o país da União Europeia que representa maior taxa de mortalidade infantil.

Neste gráfico podemos observar que Portugal teve uma taxa 3,4 mortes infantis

 As causas que levam a mortalidade dos bebes ate aos 28 dias de vida são inúmeras mas destaco algumas: -má assistência ao parto e ao pós-parto, crianças que nascem de baixo peso. -problemas durante a gestação. -má formação congénita. Mas infelizmente muitas crianças morrem derivado a maus tratos, acidentes domésticos e atropelamentos.

 Cabe a nos responsáveis pelos nossos menores tomarem medidas para que a taxa de mortalidade infantil desça. Como por exemplo:

 -Mostrar que as vacinas é para o bem do nosso bebe e que previne doenças. -Higiene e alimentação adequada. - Realizar todos os exames médicos necessários. -Não esquecer que o leite materno é essencial para o bebe. Mas mesmo existindo, infelizmente a mortalidade também temos a parte boa os nascimentos.

Uma Euro sondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença apresenta que a natalidade infantil em Portugal tem vindo a diminuir por cada casal nasce apenas 1 filho, já sendo raro ver 2 filhos por casal. As razoes são obvias:

  • As mulheres são mães mais tarde, muitas dão primeira atenção ao trabalho e os estudos. -A situação económica e precária. - A situação de habitação não é estável. Por estas razões o nosso governo tem vindo a alterar o código de trabalho, os abonos familiares e os contratos de habitaçao.