Desde que nasci moro nas Fazendas de Almeirim, concelho de Almeirim, Distrito de Santarém.
o mapa das estradas
No ano que corre já é uma vila, mas antes era uma aldeia. Era uma aldeia que tem como fonte de recurso a agricultura. Metade dos habitantes são de mais idade que sempre trabalharam no campo, na vinha, nas culturas.
As vinhas da minha terra
É rara a família fazendeira que não tenha um pedaço de chão para cultivar alguma coisa para seu sustento.
Antigamente, a vindima ou a apanha do tomate era feita através das mulheres e homens da terra, existia os chamados ranchos. Chegavam a vir pessoas de outras zonas do país, no Verão, para fazer estas campanhas. Hoje, esses ranchos foram substituídos pelas máquinas do tomate e pelas vindimeiras.
apanha do tomate antigamente
A, minha terra é grande com casas de campo dispersas, com mantos de eucaliptos e sobreiros e vinhas intercaladas com as casas. É lógico que, há vinte seis anos tudo era diferente. Não havia o conforto de hoje, veículos motorizados que facilitam a deslocação dos habitantes. Apesar de já existirem ainda havia quem tivesse um burro, uma égua e o estábulo para ser apetrechado a uma carroça, ou para os trabalhos mais duros no campo.
O meio de transporte antigamente...
A minha família, já no ano em que nasci, era abonada em terras, tractores e máquinas agrícolas.
A moradia dos meus familiares era enorme, mas foram-se fazendo modificações e adaptações de melhoramento
( a moradia antigamente)
A casa situa-se num terreno acessível, espaço aberto, com muito quintal para flores e árvores.
A minha moradia antigamente(o quintal)
Nesta casa sempre ouve animais domésticos, galinhas, frangos, porcos, coelhos e até uma vaca e um burro. Todos estes animais eram criados para a alimentação da minha família. Também se cultivava na horta couves, batatas, feijão cebolas e muito mais.
A moradia era composta por:
Quarto com as paredes forradas em papel colorido, pois, nessa altura, era o uso. O chão era de tacos em madeira, encerrados de oito em oito dias. Uma pequena sala que nunca era usada. Chamava-se de sala familiar. Uma casa de banho pequena e impessoal, sem banheira apenas chuveiro pregado o tecto. Uma marquise fechada com vidros altos. Uma cozinha com azulejos brancos e azuis, até meio da parede, com sala conjunta, o que transformava esta na maior divisão da casa. As paredes dessa divisão eram meio amareladas pelo fuma da lareira.
Existia uma cozinha, à parte, chamada a cozinha de fumo, porque era ai que a minha mãe faziam os chouriços de carne e que colocavam o fumeiro para serem apreciados por toda a família.
Junto dessa cozinha existia uma pequena casa onde estava um tanque de lavar a roupa à mão. Naquela altura, não havia máquina de lavar, ou melhor quase não havia electrodomésticos, era tudo feito manualmente.
a lavar no tanque
Em tempos existia uma caldeira para aquecer a água com o calor do sol, mas os meus avós desactivaram essa caldeira com a instalaçao dos esquentadores a gáz.
Sem eles saberem já tinham energia renovavel em casa.
Era de quintal aberto com apenas uma rede a cercar o chão de terra a amarela batida.
Como já referi, a população desta terra vivia basicamente da agricultura e a minha família não era excepção. O meu pai e avô eram homens do campo que tratavam cuidadosamente da terra durante messes do nascer ao pôr-do-sol.
(o típico melão)
Tinham tractores e máquinas alfaias para tratar da agricultura composta de vinhas, searas de morangos e melão, um fruto típico da região.
(o tractor parecido com o da minha familia)
Com o passar dos anos tudo se mudou tudo se transformou……
No ano que corre as fazendas de Almeirim já tem:
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6 642 Hab. (2001) |
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114,3 Hab. /Km |
Mapa com a minha localidade
No ano que corre já é uma vila, mas antes era uma aldeia. Era uma aldeia que tem como fonte de recurso a agricultura. Metade dos habitantes são de mais idade que sempre trabalharam no campo, na vinha, nas culturas.