A escola primária fica por trás do infantário. É um edifício único de paredes brancas e uma pequena faixa amarela. Tem o pátio de terra batida, de cor amarela e algumas árvores junto o muro. Esse edifício é constituído por 4 salas de aulas, duas no rés-do-chão e duas no primeiro andar. O chão é feito em tacos de madeira. Na altura em que lá andei não havia cantina. Hoje, olho para aquela velhinha escola onde passei tantas horas de aprendizagem e brincadeira e vejo as diferenças.

 O velho edifício é o mesmo.

 Numa das partes do pátio existem contentores para aulas feitos de paredes falsas e cor branca. Uma cozinha bem montada e refeitório com as condições e normas de higiene que são exigidas. Por exemplo, as cozinheiras e auxiliares andam de bata e toca, ou seja, vestem os EPIS, as balizas do recreio são fixas o chão para prevenir acidentes, as auxiliares de educação andam, devidamente, identificadas, … Hoje, passados não sei quantos anos, e talvez pelas acções de fiscalização da A.S.A.E e Inspecção do Trabalho ter legislação mais apertada e uma acção mais rígida e no terreno, as escolas têm de ter uma ementa para os jovens mais equilibrada e variada. Apesar disso, em Portugal a obesidade infantil é um factor preocupante, tendo sido publicado o Ofício Circular N.º 14/DGDIC/2007, um documento que estipulava todas a s regras de alimentação. Em, certas escolas, há mesmo o apoio de nutricionistas que recomendam a retirarem das ementas às batatas fritas e comidas mais condimentadas, chocolates, refrigerantes, fast-food e o leite achocolatado oferecido pela escola. Neste momento esse, leite continua a ser doado pela Câmara Municipal de Almeirim todas as escolas do concelho, o que na minha opinião de mãe e cidadã é positivo, porque muitos jovens hoje em dia continuam a ter a sua primeira (muitas vezes única) refeição nas nossas escolas.

a alimentaçao escolar

Dos meus 6 anos até hoje vejo bem as mudanças na área escolar e todos os seus componentes. Noto isso bem é na informática e tecnologia. Na minha altura de estudante da primária não se ouvia falar em computadores ou informática, ou numa simples calculadora. Hoje vejo as crianças com um computador na sala para aprenderem a mexer, nem que seja só por divertimento nos jogos, mas já e um principio. Um princípio em que se aposta, numa formação melhorada. Os miúdos de hoje já têm o portátil com acesso a Internet de banda larga da E-ESCOLA ou mesmo o MAGALHAES.

magalhaes e o E-escola

O nosso Estado ao implantar estes computadores teve em atenção que muitas famílias não poderiam pagar estes computadores e então as crianças que integram o escalão A (gratuito) têm o Magalhães de graça. As outras, os pais têm de pagar a simbólica quantia de 50euros. Na iniciativa e-escola passa-se o mesmo, só mudando mesmo o valor que as crianças que não são abrangidas por qualquer escalão têm de pagar, sendo esse de 150 euros. Estas medidas, para mim, são adequadas, já que, desta forma, nenhuma criança fica sem acesso às novas tecnologias. Já são impostos novos horizontes e fontes de aprendizagem. Na minha opinião pode ser para melhor, mas fará com que os mais novos percam o prazer de ter o contacto com os livros e cadernos, ou irem a uma biblioteca pesquisar, sentir nos dedos o desfolhar de um livro e até mesmo na leitura e escrita vai ser diferente. No entanto, hoje a introdução destes computadores (Magalhães e e-escola) traz muitas vantagens aos jovens: Passam a ter um computador privado para fazerem os trabalhos, visto ser um excelente motor de busca, de pesquisa e até lazer.

um livro da 2º classe

Os mais novos são introduzidos ao Magalhães, o que lhes permite aceder às novas tecnologias e a um meio de estudo mais sofisticado, aprendendo a mexer num computador desde muito novos, numa sociedade que, cada vez mais, exigem a utilização de um computador para quase tudo. Mas como tudo na vida ate os Magalhães pode trazer algumas preocupações para os encarregados de educação. Eu, por exemplo, não autorizei o acesso à Internet no Magalhães dos meus filhos, porque preocupa-me bastaste que, crianças em tenra idade, possam aceder à mesma, ficando mais expostos a perigos, tais como sites impróprios para maiores de 18 anos, conhecerem pessoas que possam usar as conversas, ou fotografias deles para efeitos pornográficos.

crianças desaparecidas uma dura realidade

Como cidadã observo, várias vezes, nos meios de comunicação social (televisão ou jornais) que jovens desaparecem após longas conversas pela Internet. No entanto, convém referir que, é possível com o Magalhães, os pais restringirem o acesso à Internet. No portátil e-escolas já requer mais atenção por parte dos mais pelo exposto não acontecer. Assim, os pais devem explicar-lhes os perigos da Internet e mantê-los informados, se bem que uma das hipóteses que os encarregados têm é activar o histórico de navegação ou utilizarem softwares próprios para bloqueamento.

Como encarregada de educação, nos dias que correm, tenho conhecimento que a Câmara Municipal de Almeirim celebrou um contrato com a Microsoft Portugal, no âmbito do projecto educação tecnológica-pt21, que possibilitou aos professores do primeiro ciclo do ensino básico terem uma formação base sobre a utilização e programa educacional do Magalhães nas escolas do concelho de Almeirim.

projecto pet-21