Entrou o ano 2011, penso o que este ano estar reservado para mim. Neste momento não tenho objetivos, expectativas a muitos níveis…

Mas contínuo sonhadora, fisionomia magra, olhos grandes brilhantes, sorriso enorme, mas continuo a não revelar o que penso, sinto, a minha vontade de sentir-me completa e na esperança que amanha será um dia melhor. Com a passagem do ano foi a altura de fechar alguns capítulos da minha vida. E não vale a pena voltar a traz para ir “busca-las”.

a minha fisionomia magra em 2011

 Apos horas de reflexão os meus objetivos para este ano são:

-Encontrar um trabalho estável.

-Carta de condução

_ Equilibrar a vida dos meus filhos.

Sei que será uma tarefe difícil, mas também o que é fácil para mim não serve, valorizo os desafios da vida o que faz a minha mente funcionar, procurar soluções e o melhor método para ultrapassar as dificuldades da vida. Os meus filhos por si continuam no seu crescimento e peripécias. já se encontram na 4`ª classe. Como mãe, continuo a apoia-los na escola, em casa, atenta a todos os seus progressos. O leo continua a esforçar se é uma característica dele aquela determinação que ele tem para atingir todos os objetivos, o lucas entrou na fase de marcar a sua existência e com isso vai adquirindo amizades que não considero próprias para a sua idade (10 anos) falo de jovens entre 14/16 anos, o que me assusta bastante, o lucas ainda é uma criança e tenho consciência que este tipo de amizades não são as apropriadas, eu já esperava algo deste género, já que o agrupamento escolar juntou a 4ª classe numa escola que vai até ao 9ª ano escolaridade e por sua vez tem alunos de varias faixas etárias, o que no meu ver este “juntamento” não esta correto, na vida cada etapa é para ser vivida no seu tempo com todas as suas aprendizagens. Com a volta do meu “marido”, voltou a se um pai mais presente e atentas as situações dos nossos filhos, não é muito de ir a escola, essa parte da educação deixa-a para mim, mas esta sempre ocorrente do que se passa.

O meu “marido”, passa a maior parte do dia a dormir, pois a sua profissão o “obriga” a isso, eu sinto-me mais acompanhada, apesar de passar muitas horas sozinha, sei que se eu precisar de algo ele, esta ao meu lado.

o descanso do meu "marido"

O mês de fevereiro representa uma volta de 60graus, na minha residência e seio familiar, a sobrinha do “marido”, e minha por adoção, por divergências com os pais e falta de apoio dos mesmos a Francisca (kika), estava a morar com irmã (a mesma adolescente que anos morou connosco por ordem do Tribunal e proteção de Menores), mas os seus feitios são incompatíveis, também penso que Ana não conseguia entender a irmã já que se encontra numa idade tao complicada como é a adolescia. O meu “marido” e eu apos uma conversa com os pais da menor decidimos ajuda-la de coração aberto. Se um dia ajudamos a irmã nunca nós passaria pela cabeça negar ajuda a kika. Mais uma vez, ao meu encargo esta a educação de uma adolescente, ensinar valores de vida, princípios de ser Humano…. Também ensina-la a cozinhar, arrumar uma casa, costura ou seja, ensina-la e prepara-la para que possa ser uma senhora e dona de casa exemplar.

a minha "sobrinha "

Ajudar a minha “sobrinha” não é só dar cama, comida e roupa lavada, existem várias situações em que uma conversa um carinho, um aviso serve mais que 1000 mil palavras. A menina continua a estudar na ESCOLA SECUNDARIA MARQUESA DA ALORNA (a mesma escola onde eu andei a muitos anos e passei grandes momentos), mas hoje em dia tudo mudou, ate nessa escola que se destinava ao ensino regular da 7ª ao 12ª ano, hoje em dia existem os cursos do PIEF, que é o que ela frequenta.

Estes cursos destinam – se: O PIEF Programa Integrado de Educação e Formação é um programa da responsabilidade do PIEC (Programa para a Inclusão e Cidadania) que funciona na dependência do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. em estreita articulação com o Instituto da Segurança Social, a promoção de respostas e o apoio à produção de respostas na área da inclusão social com vista a prevenir e combater as situações indiciadas e ou sinalizadas de crianças e jovens em risco de exclusão social compaginando a mobilização de medidas já existentes. O PIEF é uma medida destinada a reconciliar com a Escola jovens com idade igual ou superior a 15 anos, que se encontram em risco de exclusão social, para os quais nenhuma outra das ofertas educativas e formativas se revelou adequada. Esta metodologia proporciona a aquisição de competências, no domínio dos saberes relacionais e sociais, do saber-fazer e do saber-saber, numa prespectiva integradora, caracterizada pela cooperação e pela partilha, entre todos os intervenientes no processo de educação/formação e de aprendizagem. A integração e a certificação dos alunos não estão sujeita ao calendário escolar, uma vez que pode ocorrer em qualquer momento do ano lectivo, possibilitando uma maior celeridade na obtenção de certificados escolares em período de tempo mais curto.

Programa Integrado de Educaçao e formação

Documentos que regulam esta medida: Resolução do Conselho de Ministros n.º 79/2009 de 2 de Setembro do Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Despacho Conjunto n.º 948/2003,de 26 de Setembro e nº 171/2006 de 10 de Fevereiro do Ministério da Educação e do Trabalho e da Solidariedade.

Na minha altura não existia nada destes cursos, ou estudava ou desistia-se, na minha opinião estes cursos estão bem fundamentados, dão a possibilidade a muitos jovens a não efetuarem o abandono escolar, a não enveredarem por caminhos sem futuro.talves na minha altura se existem-se eu não voltaria a estudar apos ter tido o lucas.

Voltando a Francisca o novo membro da minha família, é uma adolescente (17 anos), muito meiga, carinhosa, educada e ouve tudo o que lhe vou dizendo, só me resta saber se num futuro longínquo ela chegou a entender e aprender alguma coisa com a sua estadia em minha casa. Bem durante a semana a kika, esta na escola e a noite fazemos companhia uma a outra. Aos fins – de-semana a kika vai ate a residência dos pais , pois não quero que ela quebre os laços com os pais de forma alguma eu permitiria que isso acontece-se. o tempo vai passando e a menina vai-se adaptando e nós a ela, não posso dizer que foi difícil, pois sou que eu passo a maioria do tempo com ela longas conversas e conhecimento mútuo, o que ajudou bastante o adaptamento.

um momento com o novo membro familiar a kika

 E desta forma a Francisca passou a ser o 5º elemento da família.