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21)OBJECTIVO COMPRIDO...
21)OBJECTIVO COMPRIDO...

Já se passaram alguns, messes desde que tirei o referido curso (Técnico de Produção Agrária), e sinceramente cada vez tenho mais certezas que este curso não serve para nada, nem dá trabalho, ou perspectivas futuras, apenas algarismos notórios ao nosso Governo. Neste momento o nosso Governo faz apostas nas Novas Oportunidades (como já referi), querendo acabar com a exclusão social e analfabetismo Português, no ano 2010 mais 650.000 pessoas obtenham uma certificação de competências, tendo como meta que em 2010 estejam a ser emitidos, por ano, cerca de 75.000 diplomas conferentes de habilitação escolar equivalente ao ensino básico e 125.000 diplomas conferentes de habilitação escolar equivalente ao ensino secundário.

 O meu curso chegou ao fim em Março deste ano (2010), chegou o fim os trabalhos (PRÀS; Portefólios de Reflexão e Aprendizagem), que me “partiam” a cabeça, que faziam-me estar acordada tantas horas a fazer pesquisas de assuntos imagináveis, que não entendi nada, mas não vou negar nesses trabalhos aprendi muito e obtive cultura geral aprendi de tudo um pouco, posso referir alguns: • Direitos Humanos; Informática e Componentes, Linguagem de computadores, Domínios, Culturas, Sociedade em Geral, Clima e Energias Renováveis plano HACCP, contabilidade, código de trabalho, legislações de tudo e mais alguma coisa ... Estudei vários módulos de Unidades de Competências e Unidades de Formação de curta duração, que ensinaram-me bastante, estudei coisas que nem imaginava que existiam ou para que serviam, posso garantir que neste curso adquiri um cultura geral exemplar para minha própria construção, adquiri conhecimentos que já apliquei em algumas situações da minha vida privada. .

os modulos do curso

Mas consegui sempre nos prazos, ou antes, entregar tudo e tirar boas médias, tinha um objectivo e determinação. Este curso não foi excepção e lutei sozinha para o obter. Sozinha sim. Mais uma vez o meu “marido”, não me acompanhou e até foi contra a minha ida para este curso, pela fama da escola e pelas pessoas que a frequentavam, mas sempre soube quem eu era, e jamais iria deixa-lo mal visto ou fazer algo que lhe falta-se o respeito.

A minha Autobiografia essa continua por mim a ser elaborada (a primeira parte em documento Word conta com 325páginas de tudo o que ja vivi) com muito carinho é aqui que escrevo tudo o que talvez não seja capaz de dizer, ou escrevo as lágrimas que não consigo deitar, os sentimentos que escondo de todos, os meus desejos sonhos, quem olha para mim sempre a rir bem disposta um olhar brilhante uma disposição contagiante não sonha o que penso o que sinto, na minha cabeça é raro a pessoa que consegue entrar saber o que penso, simplesmente sou imprevisível, e não consigo abrir minha cabeça meu coração de forma fácil..não sei se isso é bom ou mau, mas foi assim que me transformaram..já tentei diversas vezes voltar atrás e ser quem era mas simplesmente não consigo..por enquanto...criei um mundo só meu..onde é raro alguém lá entrar, porque sei que se alguém lá entra tem tudo o que quer de mim, e eu fico mais uma vez a sofrer calada, ou a sorrir muito....então escrevo tudo é mais fácil.

na feira do milho

Voltando a finalização do meu curso... Fazendo uma respectiva aprendi muito mesmo, coisas do dia-a-dia em que nunca pensei como – se - faz, de onde vem, tive experiencia únicas por exemplo: • Conhecer um laboratório de ADN; -Assistir a uma Inseminação Artificial e depois Natural (ovelhas); - Ver uma Adega Vinícola completa; -Um lagar de Azeite e toda a sua produção,

 

 

 

 

lagar de azeite

Mas o mesmo tempo não foi só aprender tentei tirar o máximo partido de todas as situações mesmo as mais complicadas, tentei sempre ver a parte boa, afinal eu estava ali para um objectivo. E consegui. Brinquei muito, passei muito, fizemos muitos lanches dei muitas gargalhadas, e ate mesmo aprender um vocabulário novo. Sim uma espécie de português mariense…tanto que eu me ri a conta desse dicionário, criado por mim é claro desta cabeça só sai coisas dessas. Posso fazer referência a algumas palavras:

• IAUGURTE (iogurte),ALBURGUER(amburguer),AZEITENEIRA (oliveira)MARITARESA (Maria teresa)COALHAR (colhar)

Tantas palavras mal pronunciadas ouvi neste curso, o que admira é o facto de serem raparigas da minha idade ou mais novas a ter um vocabulário deste género. Mas percebi ao longo do tempo que falavam daquela forma não era por não saberem e sim pela forma de educação que obtiveram, chama-se a pronúncia. Mas na minha opinião eu também fui criada no meio rural e não falo desta forma...nas minhas brincadeiras ou no meio dos meus amigos e familiares ate posso falar no tom da brincadeira...mas é lógico que uma pessoa civilizada tem de perceber onde e quando deve usar um vocabulário mais “aprumado”... Bem durante este curso tivemos algumas visitas de estudo nomeadamente, FEIRA DO CHOCOLATE em ÓBIDOS, uma vila cheia de encanto, por si já de um romantismos exemplar e com o cheiro a chocolate a pairar no ar.só mesmo sentido é que se consegue perceber a magia.

feira de óbidos

A nossa ida a feira da Agricultura uma das feiras tradicionais da minha região (como já referi na primeira parte da auto-biografia), observamos animais, azeites, vinhos, brincamos, ri-mos, e passeamos bastante. Tenho de referir que depois destas Visitas de Estudo tínhamos de fazer um relatório final e contava para a média.

feira da Agricultura

Os almoços ou lanches nos jardins da escola ou saía-mos para o campo e lá fazias-mos os lanches entre brincadeiras, ria-se enfim foi um voltar a minha juventude dos 15/16 anos... É lógico que as pessoas que faziam parte da minha turma era muito uniformes e com formas de ser e estar na vida, havia assuntos quase imagináveis de serem falados, porque tudo parecia mal...mas sendo eu brincalhona e adorar rir e fazer rir quem convive comigo, eu nunca liguei a isso, se era para brincar e descontrair porque não havia de o fazer... Só sei que as vezes as minhas colegas apenas algumas não me podiam ver a frente.mas enfim tinham de “gramar”comigo na mesma.e eu ainda provocava mais. Depois havia os lanches, ou as festas de aniversário dentro da sala de aula. Um convivo mais recatado, apenas para formandos e formadores, aqui posso referir que os formadores que adoravam os nossos lanches eram: António Coelho, Rui Dinis, Dália Faria, e lógico a nossa Coordenadora Joana Vidinha... Para esses lanches serem efectuados cada uma e um de nos levava uma coisa para completarmos a mesa, ou seja, levávamos chouriço, queijos, batatas fritas, pão, sumos, bolos etc...

os lanches de convivivo

Acabou a parte de curso e passei a parte de estagio bem aí é que foi uma desilusão, e das grandes.. A minha primeira escolha foi “Casal Branco”, como tem fama de ser uma excelente casa de agricultura pensei que seria o sítio ideal para o meu estagio.Mas digo sinceramente que fama a casa tem, mas condições nem uma sequer. A Engenheira que ficou a controlar e avaliar o nosso estágio, queria que fossemos equiparadas a trabalhadoras da casa, o que não estava certo. Pois nós (eu a Paula Paulos e a Anabela), estávamos ali para aprender na prática o que aprendemos durante messes numa sala de aula. Pensei que nesta casa agrícola fosse aprender a mexer com cepa pedar, vindimar, curar e as suas doenças (como se eu não soubesse já fazer isso), pensei que fosse aprender a cuidar de morangueiro, melão, melancia e outros produtos agrícolas.desde o tratar da terra ate o mercado, observar todo o seu crescimento, floração, frutos e transformações alimentares (caso fosse necessário).

 Mas afinal de contas logo a nossa chegada a Engenheira com uma arrogância impressionante, altividade que eu fiquei de uma maneira...se a coisa que detesto é que me olhem pelo canto do olho, com o nariz empinado, julgando se maiores e melhores que eu..só não disse nada para não causar mau ambiente ou má impressão a primeira vista..engoli em seco.. Bem como foi referido pela engenheira o nosso primeiro dia seria efectuar a limpeza em vinha DOC, ou seja, retirar os destroços da poda da cepa.. Eu e a Paula olhamos uma para outra bem vamos ver o que isto vai dar...a Paula tem um feitio muito parecido com o meu....a Anabela começou a rir-se..

 E lá fomos nós para o campo vestir fatos de oleado...Começou a chover mas não saímos do nosso posto era estágio era para ir em frente... Não podia haver desistências já era a recta final. Mas para mim aquilo não era nada do que tinha sido falado com a coordenadora de curso e muito menos acordado com o nosso mediador de estagio.Eu já totalmente passada telefonei ao mediador e exigia a sua comparência ao local de estagio. Perante o meu telefonema que de amigável não teve nada a verdade que seja dita, ele compareceu e tentou resolver a situação, explicando a tal Engenheira que nós tínhamos umas condições de estágio em acordo com a escola e que isso não poderia fugir do controlo. No dia seguinte a tal Engenheira deve se ter esquecido da conversa...e voltou a mandar-nos para limpeza da tal vinha. Ai...essa senhora só podia estar a brincar..

.Eu detesto  injustiças e arrogância das pessoas e aquela senhora aos meus olhos já estava a passar das marcas... Foi ao escritório e com a calam educação que a situação exigia, pedi desculpas e informei que iríamos a escola resolver a nossa situação do estagio, já que não estávamos de acordo com o que se estava a passar. Com a nossa coordenadora a conversa foi outra. Pois nós as três exigimos outro local de estagio porque não andamos ali um ano e meio da nossa vida para deitar tudo a perder derivado a incoerência dos outros

. Bem então fomos encaminhadas para a Adega Cooperativa de Almeirim. Ai sim a meu ver fomos muito bem recebidas e explicaram tudo o que se faz numa adega. O nosso estágio foi divido da seguinte forma uma semana para cada uma numa parte da adega, para ficarmos a conhecer tudo o que se faz em uma adega vinícola.Sou sincera eu detesto vinho, o cheiro, o próprio cheiro que inala da adega... Mas lá eu fiz este estagio pois não era isto que me iria fazer desistir de tudo o que eu tinha conseguido ate a data. Nesta adega vi e aprendi: • a mexer em filtros de placas, filtros terra, arrefecimento, colagens, trasfegas, engarrafamento, rotulagem, aprendia a fazer a adição de produtos químicos e no laboratório aprendi todas as analises laboratoriais..

 No meu entender o meu estagio na Adega foi bem sucedido pois o que aprendi no meu curso foi qui aplicado na pratica., todos os conhecimentos que obtive foram bem efectuados e realizados. Sempre na brincadeira com a Paula e Anabela.Com elas comecei o meu curso e com elas acabei o meu curso... penso que eu e a Paula forma-mos uma excelente amizade, talvez a mais forte e unida de toda a turma.Nós dávamo-nos muito bem.

eu e a Paula

Desta forma acabei o meu curso e estagio Senti-me orgulhosa o meu objectivo estava alcançado MAIS UM. Não posso deixar de contar que no ultimo dia na sala de aulas e após o estagio foi para a entrega definitiva dos PRAS e da AUTOBIOGRAFIA...os meus trabalhos foram entregues em um dossier encapado em tecido cor -de – rosa e todos os trabalhos dentro a minha Auto-biografia foi encadernada a Mão em capas feitas de renda verde que eu mesma fiz...quis eu fazer tudo pelas minhas mãos.

já que eram um orgulho para mim não quis deixar ir para as mãos de avaliadores e psicólogos de qualquer forma, fiz questão de ir tudo aprumado. Nesse dia senti tanto orgulho em mim mesma, dei uma chapada sem Mão a muita gente.principalmente aquelas que andaram uma não e meio a implicar comigo por pura inveja por eu ter uma relação muito boa com a DR.Dália, nesse dia mostrei lhes o que era determinação e força de vencer. Ao ouvir a DR,Dália e o psicólogo a disseres em voz alta perante toda a turma que só na Auto-biografia tinha atingi 88 créditos onde o máxima exigido eram 40 créditos foi uma sensação inexplicável.

 Ouvir que eu era muito inteligente e tinha uma capacidade mental e auto-critica de fazer inveja.bem que sensação.Finalmente o meu valor como pessoa estava reconhecido porque afinal foi ela que leu a minha historia de vida, corrigiu e forneceu as dicas para melhoria...Foi um daqueles momentos de glória que só vividos é que se percebe o que se sente.